terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Tudo demais é veneno



Olá, caros visitantes, td bem?


Depois de muita resistência resolvi fazer um blog. Mas lhe confesso que não foi uma tarefa muito fácil, as dificuldades começaram pela escolha do nome, layout, o que escrever... fora a grande inconstância personificada que sou.

O nome do blog surgiu meio que de um insight, estava procurando vários nomes: rizoma, metamorfose, devir, holográfico, desconstrução, entre outros... quando repentinamente surgiu essa subida frase “Nada em demasia”. Então será sobre ele que tecerei algumas palavras nesse post inicial.


A frase “Nada em demasia”
se encontra no oráculo de Apolo em Delfos, juntamente com “Conhece-te a ti mesmo” e são atribuídas a Sócrates. Dessas duas máximas apolíneas é dado mais notoriedade a segunda, as vezes fico buscando o motivo. Talvez seja pelo fato de tocar em cheio em uma de nossas fraquezas que é o autoconhecimento.


Será se vale a pena levarmos uma vida só de excessos? Ou será melhor uma vida sempre no meio, como pregam algumas filosofias orientais? Onde reside o problema do fundamentalismo? A vida sob a perspectiva do caminho do meio tem graça, não é meio morna? Creio que pra essa saída resta a idéia da oscilação....o questão não é você ficar o tempo todo “em cima do muro’, mas sim, mudar sempre que possível, ficar variando de uma extremidade a outra... mas como fazer isso de forma prática? Pow, é simples, só adotar um lema na sua vida que é a mudança, essa sim, deve ser é a única coisa absoluta, vide o Tao para isso.


Partindo dessa filosofia que nada demais é legal: DINHEIRO demais é bom? Se fosse os americanos seria a sociedade mais feliz do mundo. AMOR demais é bom? Acho que o programa linha direta mostra de que o ser humano é capaz quando ama excessivamente. RELIGIOSIDADE demais é bom? Os homens bombas falam por mim. ALTRUÍSMO demais é bom? Muitas vezes impede que os outros se transformem.


Nada em Demasia nos remete a questões bem atuais e interressantes... Quero que percebam que o problema não reside no excesso em si, mas permanecer nele como algo cristalizado e amparado por uma suposta verdade absoluta. O problema é ser excessivo e não estar excessivo.
O ser é um estado permanente; o estar é um estado passageiro. Fica de deixa esta máxima shakesperiana para vocês: "Ser ou não ser, eis a questão".

Um abraço,

Jr

Um comentário:

  1. É a vida, desde que nascemos saímos de uma zona de conformo, onde nem o alimento precisa ser pedido, muito menos respirar, sentir frio...são os primeiro indícios do que é bom... NASCEMOS... lá vem o outro lado..sentir frio..chorar..lidar com o equilibrio para sentir a sensaçao de prazer, bem-estar.
    Não é nada complicado, só precisa aprender equilíbrio.
    Talvez, o sentido a vida está justamente em brincar com os dois lados, sem perder a diretriz do centro...assim não seriamos insensiveis ou exagerados, apenas aprendiz da vida sabendo o território em que estamos pisando enquanto vivemos, mas sendo inteligente ao ponto de não se seduzir pela demasia, mas pelo simples bem-estar...
    ;)

    OBS: Sucesso com o BLOG, saudoso amigo!!!!

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