segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

NADA COMO A SIMPLICIDADE!


NADA COMO A SIMPLICIDADE!


Quando tinha 14 anos, esperava ter uma namorada algum dia.

Quando tinha 16 anos tive uma namorada, mas não tinha
paixão.

Então percebi que precisava de uma mulher apaixonada, com
vontade de viver.


Na faculdade saí com uma mulher apaixonada, mas era
emocional demais.

Tudo era terrível, era a rainha dos problemas, chorava o
tempo todo e ameaçava suicidar-se. Então percebi que
precisava uma mulher estável.

Quando tinha 25 encontrei uma mulher bem estável, mas chata.
Era totalmente previsível e nada a excitava. A vida tornou-
se tão monótona que decidi que precisava uma mulher mais
excitante.

Aos 28 encontrei uma mulher excitante, mas não consegui
acompanhá-la. Ia de um lado para o outro sem se deter em
lugar nenhum. Fazia coisas impetuosas e paquerava com
qualquer um, que me fez sentir tão miserável
como feliz. No
começo foi divertido e eletrizante, mas sem futuro.

Então decidi buscar uma mulher com alguma ambição.

Quando cheguei nos 31, encontrei uma mulher inteligente,
ambiciosa e com os pés no chão. Decidi casar-me com ela. Era
tão ambiciosa que pediu o divórcio e ficou com tudo o que eu
tinha.

Hoje, com 40 anos, gosto de mulheres com bunda grande...

E só.

Nada como a simplicidade!

(Luis Fernando Veríssimo)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

"anarquista ontológico"

Olá caros amigos, td bem?

Tow com um tempo sem postar nada... talvez seja culpa da preguiça ou mesmo por tá ocupado com outras atividades.

Já ouviu falar em Hakim Bey? Hakim Bey, pseudônimo de Peter Lamborn Wilson, (nascido em Nova Iorque em 1945) é um escritor, ensaísta e poeta que se intitula um "anarquista ontológico". Em breve colocarei minhas considerações aqui sobre o livro(
T.A.Z.) que estou lendo dessa figura.

mas no finalzinho texto achei essa pérola q compartilho com vcs.

História, materialismo, monismo, positivismo e todos os "ismos" desse mundo são ferramentas velhas e enferrujadas que já não preciso ou com as quais eu não me preocupo mais. Meu princípio é a vida, meu Fim é a morte. Gostaria de viver minha vida intensamente para poder abraçar minha morte tragicamente.

Você está esperando pela revolução? A minha começou muito tempo atrás! Quando você estará preparado? (Meu Deus, que espera sem fim!) Não me importo em acompanhá-lo por um tempo. Mas quando você parar, eu prosseguirei em meu caminho insano e triunfal em direção à grande e sublime conquista do nada!

Qualquer sociedade que você construir terá seus limites. E para além dos limites de qualquer sociedade os desregrados e heróicos vagabundos vagarão, com seus pensamentos selvagens e virgens - aqueles que não podem viver sem constantemente planejar novas e terríveis rebeliões!

Quero estar entre eles!

E atrás de mim, como à minha frente, estarão aqueles dizendo a seus companheiros: "Voltem-se a si mesmos em vez de aos seus deuses ou ídolos. Descubra o que existe em vocês; traga-o à luz; mostrem-se!" Porque toda pessoa que, procurando por sua própria interioridade, descobre o que estava misteriosamente escondido dentro de si, é uma sombra eclipsando qualquer forma de sociedade que possa existir sob o sol!

Todas as sociedades tremem quando as desdenhosas aristocracias dos vagabundos, dos inacessíveis, dos únicos, dos que governam sobre o ideal, e dos conquistadores do nada, avança resolutamente. Iconoclastas, avante! "O céu em pressentimento já torna-se escuro e silencioso!"

Renzo Novatore

Arcola, janeiro de 1920



Um abraço,

Jr