sexta-feira, 5 de junho de 2009

Piratas ou não?



Na hora que pensei em postar algo, lembrei-me de um trecho do livro, Universo Holográfico, do Marcos Torrigo, onde afirmava que a revolução possível de hoje seria por meio da internet. O único meio, segundo ele, que potencializa, possibilita e aponta para alguma revolução possível.. Assim está fazendo o Partido pirata...

É uma metáfora errônea chamar uma suposta ou real violação do copyright de pirataria. Pois os bens copiados não possuem uma existência física material, ou seja, são bens intangíveis e não sofre do mal da escassez. Por isso, um livro pode ser copiado varias vezes sem afetar em nada sua existência. Por exemplo, é um absurdo comparar o furto de um celular com uma copia de um e-book, pois são fatos completamente distintos. Não existem sites para baixar celulares. O custo de uma copia digital de um livro é praticamente zero. No momento que faço o download de um E-book não estou privando o dono do uso. A pirataria, traduzindo ao pé da letra, é vc privar a pessoa de algo. É você tirar, tomar, privar, roubar . Assim que faziam os piratas. Eles roubavam as embarcações deixando os verdadeiros donos sem seus produtos. Copiar sem autorização não é a mesma coisa que roubar, não é uma ação comparável àquelas praticadas pelos piratas e seus navios. Na verdade, existe uma tentativa de criminalizar todo mundo. Por que o termo pirataria carrega uma conotação pejorativa e criminosa. Então, essa é a idéia da indústria cultural, fazer com que as pessoas pensem que copiar é a mesma coisa que roubo. Não irei nem entrar na questão de produção do conhecimento... Ninguém cria algo do nada, embora durante muito tempo vende-se essa idéia para se criar a exclusividade e assim faturar muita grana. Todos sabem ou deveríamos saber que a cultura é remix e por isso deve ser compartilhado o máximo.

“Como reação ao uso do termo “pirataria”, como denuncia ao bloqueio do compartilhamento de bens culturais e como crítica as tentativas de privatização do conhecimento, recentemente surgiu na Europa o Pirate Party (Partido Pirata). Imediatamente, a iniciativa se espalhou pelo mundo. Já possui coletivos que defendem a liberdade de cópia em todos os Continentes.” S. Amadeu

“Piratas são eles, nós não estamos a procura do ouro”.

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PARTIDO PIRATA SUECO JÁ É QUARTA FORÇA POLÍTICA

O Partido Pirata sueco tem quase garantido assento no Parlamento Europeu, ao posicionar-se actualmente como a terceira força política da Suécia, com 8% das intenções de voto. Esta formação defende o fim das restrições no uso da Internet, o que inclui a livre partilha de ficheiros, mesmo que estes estejam sujeitos ao pagamento de direitos de autor. Depois do julgamento ao PirateBay, site de partilha de ficheiros que não está ligado ao partido, as inscrições dispararam. Contam agora com cerca de 46 mil militantes, só na Suécia.
Se as actuais sondagens se mantiverem, é muito provável que o Partido Pirata obtenha mais do que um assento no Parlamento Europeu. Em declarações ao diário “The Times”, o cabeça-de-lista dos “piratas” às europeias, Christian Engstrom, assegurou que o plano de “conquista” do partido vai por esta ordem: “Suécia, Europa, Mundo”.

O Partido Pirata foi fundado em 2006 e engrossou recentemente as suas fileiras após a sentença contra os criadores do site sueco de partilha de ficheiros Pirate Bay, que tem cerca de 25 milhões de utilizadores a nível mundial, em que foram condenados ao pagamento de uma multa de mais de 2,7 milhões de euros a gigantes mundiais como a Warner Bros, Sony Music, EMI e Columbia Pictures. Após a sentença dispararam as filiações partidárias, que se cifram actualmente em mais de 46 mil membros, número bastante significativo para um país com 9 milhões de habitantes. Os novos filiados são sobretudo jovens, um factor que causa a inveja dos partidos mais “tradicionais”, incluindo o do primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt.

No ano de “estreia” eleitoral, 2006, o Partido Pirata obteve 0,63 por cento dos votos nas eleições legislativas da Suécia. Mas esta situação poderá mudar na iminente votação europeia, caso as sondagens se mantenham como estão. O programa eleitoral do partido centra-se quase exclusivamente nas comunicações electrónicas, prometendo igualmente lutar pela confidencialidade e liberdade na Internet.

“Os nossos políticos são analfabetos digitais”, declarou o líder da formação, Rick Falkvinge, que assegurou que “o sistema e os políticos declararam guerra a toda uma geração”. Para “não sermos intimidados para qualquer potência estrangeira, votar nas eleições para a UE é mais importante que nunca”, concluiu.
Fonte: Público

http://www.blocomotiva.net/index.php?option=com_content&task=view&id=1225&Itemid=1



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