sábado, 9 de abril de 2011

A vida tem inicio?


Não matarás
Adoro debates! Mas debates esclarecedores. Está em pauta atualmente o debate sobre o aborto. Não sei nem se posso chamar de debate, pois geralmente é de um sectarismo empobrecedor. Muitas vezes um pouco de conhecimento histórico serve como luzes.
 Historicamente essa questão da vida sofreu grandes transformações. Por volta de 1500 e 1600, ainda sob forte influencia cristã e desconhecimento da embriologia, a vida começava no parto. O início e o termino da vida se dava da seguinte maneira: quando o individuo nascia e dava a primeira respirada, a alma entrava e iniciava-se a vida. Consequentemente no último respiro a alma deixava o corpo e dava-se a morte. Observe que nesse período não tínhamos auxilio da embriologia.
Com o avanço da ciência, essa questão mudou para a seguinte maneira: a vida passou a ter início quando o espermatozoide fecunda o óvulo, ou seja, o inicio da vida mudou da respiração pra fecundação. E a igreja foi convencida pelos cientistas de tal ideia. Em seguida ocorre outra mudança; com a ajuda dos estudos de William Harvey sobre a circulação, a respiração cede lugar para o batimento cardíaco como indicativo de termino de vida(confesso que não muda muita coisa). Com o advento dos transplantes, mais recentemente, o coração cede lugar para morte cerebral como indicativo de fim da vida. Tudo parecia está definido, mas surge o movimento pró-aborto. Com o movimento pró-aborto, surge junto o seguinte dilema: a vida começa um pouco depois da fecundação. A vida inicia só quando temos formação cerebral. Já que esse critério é utilizado como término da vida. Observe que no primeiro momento, o aborto poderia ser cometido numa boa, pois só no parto iniciava-se a vida. A ciência convence a igreja para dizer que é na fecundação. Agora ela quer convencer novamente a igreja de que é posterior a fecundação. 
Perceba a grande mudança que ocorrer ao longo da história. Daí a questão hoje para igreja, é a seguinte: na hora que a célula se constitui já existe vida em potencial e não pode ser descartada. Só que para o fim da vida, esse critério não é levado em conta. O critério é a morte cerebral. Até porque nós sabemos que mesmo depois que o coração e o cérebro deixam de funcionar, algumas células continuam vivas por uns dias, por exemplo: unhas e cabelos. Continuam crescendo por volta de 4 a 5 dias após depois da “morte”. O problema, observe, tá na definição. No fundo o não matarás é a grande questão. Agora restar saber o que o verbo matar significa. E você, o que acha?
Conhecimento
Inicio da vida
Fim da vida
Igreja 1500-1600
Primeira respiração
Ultimo respiração
Com a embriologia
Fecundação
Respiração
Sistema circulatório
Fecundação
Coração pára de bater
Transplante de órgãos
Fecundação
Morte cerebral
Movimento pró aborto
Quando cérebro começa a se formar
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hoje
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